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O meu nome é Carolina Brito Lucas, Tenho 19 anos e moro em Odivelas.
Nasci prematura, com apenas 29 semanas de gestação. A minha mãe teve uma gravidez normal, nada fazia prever que eu estivesse com tanta pressa para ver o mundo cá fora ... e essa pressa saiu-me cara.
Nasci com 1.100 kg, era um pacotinho de arroz, como a minha família costuma dizer.
Desde essa altura que sou uma lutadora, não fui ventilada, consegui respirar por mim e, ao contrário do que os médicos previam, desenvolvi-me rápido e no espaço de um mês estava em casa.
Quando nasci, foi-me detectada, em exames de rotina normais feitos a prematuros uma ‘Leucomalácia Periventricular’. Ninguém da minha família sabia bem o que isso era e na altura não deram muita importancia ao assunto, pois os médicos diziam que era comum nos prematuros e que não havia motivo para alarme, que o importante era eu ter lutado pela vida e vencido.
Nos primeiros meses de vida, tive um desenvolvimento perfeitamente normal e adequado à minha idade, palrava muito e era uma bebé adorável.
A minha família só notou que algo não estava bem quando, na altura de começar a sentar-me, não o fiz.
Nessa altura os médicos do Hospital de Santa Maria (que nunca deixaram de me seguir) começaram a falar em Paralisia Cerebral. Os danos causados por uma paralisia cerebral são sempre incalculáveis...até serem visíveis e sentidos.
Passei a ser seguida no Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian do Lumiar, onde estou integrada num programa que contempla Fisoterapia e Terapia Ocupacional. Também frequento a Escola (1º ciclo) e pratico Hipoterapia.
Sou felizmente uma menina muito esperta, com um desenvolvimento cognitivo e intelectual perfeitamente normal para a minha idade, falo muito e bem, sou muito risonha e astuta, gosto muito de desenhar, de ler e escrever, de jogos...
A nível motor tenho problemas sérios e muito graves. Não ando e tenho alguma dificuldade em manejar objectos com as mãos, quando isso envolve perícia de movimentos.
Desde os 10 meses de idade que faço tratamentos de fisioterapia, tratamentos esses que não mostram os resultados que esperávamos. Embora os médicos e fisoterapeutas concordem que existem ligeiras melhoras, a minha família não consegue vê-las... e pior que isso, eu apercebo-me que sou diferente dos outros meninos e que não consigo andar. Por várias vezes digo que quero andar mas não consigo. Um dos brinquedos que mais gosto é uma bicicleta. Tenho a sorte de ter hoje uma bicicleta adaptada, porque a outra, a 'regular', está guardada no sotão.
Desde os 3 anos que faço tratamentos intensivos, primeiro em Cuba, recentemente numa clínica em Portugal que segue métodos semelhantes (CHS-CEI). O objectivo dos tratamentos é melhorar a minha qualidade de vida e tenho muitas esperanças de um dia conseguir andar sozinha.
Infelizmente, o sistema de saúde português não comparticipa de maneira nenhuma estes tratamentos e tem que ser a minha família a pagar tudo.
Os meus tratamentos são feitos em ciclos, preferencialmente durante dois meses, nas férias escolares de verão. Cada um dos ciclos, com duração de 28 dias, custa neste momento 5.200 euros.
A minha família não vai desistir !!!
Por favor, AJUDA-OS a AJUDAREM-ME!!
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My name is Carolina Brito Lucas, I’m 9 years old and I live in Odivelas, Portugal.
I was born prematurely, after only 29 weeks of pregnancy. My mum had a normal pregnancy and nothing would make them think that I was in a hurry to come out to see the world…and that hurry cost me a lot.
Like my family usually say, I was as small as a pack of rice, with only 1.100 Kg.
I’ve been a fighter since then, I didn’t need to be on a ventilator, I could breathe by myself and within a month I left the hospital.
After the routine exams, that are normally done to premature babies, I was diagnosed with Periventricular Leucomalacia. My family wasn’t sure what that meant and the doctors told them not to be worried because this was something common in these situations. The most important thing was that I fought for my life and I won.
The first few months of my life, I was an adorable baby, growing completely normal for my age, doing all the things that babies do. My family only noticed that something was wrong when they realized I couldn’t sit.
By that time the doctors from Hospital de Santa Maria (who have always followed my progress) started considering the possibility of me having Cerebral Palsy. The damage of such palsy is unknown up until the point it becomes visible.
I started to attend to the Calouste Gulbenkian’s Cerebral Palsy Centre in Lumiar, where I’ve been doing physiotherapy and occupational therapy. I’m attending to a school and I’m also doing water-cure. Fortunately, I’m a very clever girl, with an intellectual and cognitive growing normal for my age, I can speak very well, I’m very smiley and smart, I love drawing, reading and writing, games...
Unfortunately, I have serious physical problems. I can’t sit down on my own, I can’t crawl, and I can’t walk and it is difficult for me to handle things with my hands when it requires movements skills.
Since I was 10 months old that I’ve been doing physiotherapy but we are not getting the results that we hope. The doctors tell us about small progress that my family can’t see…but worse than that, I feel that I’m different from the other children and I can’t walk!
I keep saying that I want to walk but I can’t do it... Even like that, one of my favourite toys it’s a adapted bicycle, the regular one I can’t use.
Since I was 3, I do intensive treatment, first in Cuba recently in a Portuguese clinic following similar methods ( CHS- CIS ) . The goal of treatment is to improve the quality of my life and I have many hopes that one day be able to walk .
Unfortunately, the Portuguese health system don't support at all these treatments and has to be my family to pay them.
My treatments are done in cycles, preferably for two months in the summer school holidays. Each cycle , with 28 days duration , costs 5,200 euros at present .
My family will not give !!!
Please, HELP THEM to HELP ME!!
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